quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Números 9:15-23; 10:1-10


 (para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)


  Israel não tomava nenhuma decisão a respeito das etapas de sua viagem pelo deserto. Cada partida e cada parada ocorriam de acordo "com o mandamento do Senhor". A nuvem se alçava? Eles deviam partir, mesmo que houvessem acabado de chegar e mesmo que estivessem em um lugar agradável. A nuvem se detinha sobre o tabernáculo? Eles paravam e se alojavam. Eles poderiam seguir sem essa direção divina por um único dia? Absolutamente não! A direção divina era indispensável quer fosse para um como para muitos dias, armar ou partir, de noite ou de dia. Esta é uma figura clara da dependência contínua que convém aos redimidos do Senhor e que Ele  mesmo mostrou perfeitamente. Como por exemplo no caso de Lázaro, apesar de ter recebido a mensagem e do amor que sentia pelos membros daquela família, Jesus foi para Betânia dois dias mais tarde quando conheceu a vontade de seu Pai (João 11). Que lição para nós! Hoje, a presença do Senhor é vista apenas pela fé, mas Ele está presente em cada crente. Ele é capaz de nos guiar e nos dirigir em nossa jornada a cada dia em direção ao nosso Lar. Para saber quando parar e quando andar, um Israelita tinha que manter seus olhos na nuvem. É igualmente importante para nós olharmos para o Senhor.


Nós já buscamos orientação em nosso caminhar por este mundo desejando que tivéssemos algum sinal visível para nos dirigir? Temos que lembrar que a epístola aos Hebreus foi escrita para mostrar que as coisas visíveis do judaísmo eram apenas sombras e agora davam lugar as realidades que nos alcançaram em Cristo e são conhecidas pela fé. Nós temos o Seu Espírito e a Sua Palavra, e se tivermos a mansidão, da qual o Salmo 25:9 fala, não faltará a orientação de Deus que precisamos.


Quando a vontade de Deus era revelada, as trombetas de prata dos sacerdotes davam o sinal para os diversos movimentos do povo. Elas soavam para se ajuntarem (versículos 3 e 4), para partirem (versículos 5 e 6), para pelejar (versículo 9) e para os dias de alegria (versículo 10). Essas trombetas nos falam do testemunho de Deus, representado pela assembleia dos santos, em sua caminhada, em suas lutas, em sua adoração. A Palavra de Deus é para todo propósito... ela pode e deve fazer parte daquele gozo, tanto quanto para proteção e conforto. Em meio a um mundo hostil, a exortação é "não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor" (2 Timóteo 1:8).


No primeiro caso de direção divina – a nuvem, as pessoas olhavam para o sinal manifesto da presença de Deus; no segundo – a trombeta dos sacerdotes, o sinal era dado por aqueles que tinham intimidade de comunhão com Deus, isso é claramente representado pelos sacerdotes. Deus é superior a todas as dificuldades e pode nos guiar sempre. Por outro lado, certamente é sábio e bom aproveitar-se da ajuda espiritual que podemos obter, onde houver testemunho disponível; mas acima de tudo, da própria palavra de Deus para lidar com nós mesmos, bem como com nossas dificuldades. O Senhor é nosso Pastor: por que temer? O que o homem pode fazer?


As duas trombetas eram para serem feitas de uma só peça de prata, recordando-nos do Antigo e Novo Testamentos - ambos os quais são na verdade um só - a Palavra de Deus. A redenção é representada para nós na prata. Em 1 Tessalonicenses 4:16, a trombeta de Deus é o som para reunir os santos, estejam eles mortos ou vivos, para encontrar o Senhor na Sua volta.



Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.

 


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