terça-feira, 12 de maio de 2020

Êxodo 2:1-14




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 

Este capítulo começa com um homem mostrando sua obediência à Palavra de Deus quanto a com quem deveria se casar. Compare Gênesis 24:3-4 com 2 Coríntios 6:14, 17. Esse homem era Anrão (Êxodo 6:20). 

Deus na Sua graça não queria deixar o Seu povo na escravidão. Ele lhes deu um salvador: Moisés, uma figura de Cristo, cuja história nos é contada diversas vezes nas Escrituras (Atos 7:20-41, Hebreus 11:23-29). Na arca que a mãe de Moisés preparou, temos uma imagem do grande cuidado que os pais cristãos tomam para proteger seus filhos das influências perniciosas do mundo exterior. Os pais cristãos devem ter as palavras do versículo 9 como um dever sagrado e uma promessa segura. Em egípcio, "Moisés", o nome dado pela filha do Faraó, significa criança ou filho. Em hebreu, o mesmo nome significa “tirado”, isto é, tirado da água.  

Mas esse cuidado não é suficiente. Também é necessário ter fé: a arca deve ser colocada sobre a água! E Deus responde a esta fé com uma libertação providencial. Vemos aqui muitas “coincidências”. Por exemplo, por que a filha de Faraó desceu para se banhar precisamente na parte do rio que flutuava a cesta? Por que a criança chorou naquele momento para atrair a sua compaixão? Por que aceitaram a mãe de Moisés como uma ama de leite para a filha de Faraó? Nos bastidores Deus dirige tudo. Deus coloca as pessoas nos lugares que Ele as quer. Até mesmo um bebê chora no momento exato!  

Mackintosh comenta: "O diabo foi frustrado com sua própria arma, já que Faraó, que estava sendo usado para frustrar os propósitos de Deus, ele foi usado por Deus para nutrir e criar Moisés, que seria seu instrumento para confundir o poder de Satanás ". 
No fim, o decreto de Faraó servirá somente para preparar em sua própria casa um redentor para Israel. 
 
Moisés, já grande, demonstra uma fé excepcional, assim como seus pais. Hebreus 11:23-26 destaca como ele recusa o “futuro brilhante” a sua frente; ele escolhe... medita... E qual é o segredo? Ele se concentra no galardão. Que grande exemplo para todos nós que mais cedo ou mais tarde temos que escolher: o mundo, com a sua glória e os seus prazeres, ou o "vitupério de Cristo"!  

Sabemos por Atos 7:23 que Moisés tinha quarenta anos quando visitou o seu povo. O assassinato do egípcio foi imprudente; seu zelo excedeu a sua discrição. Deus usaria Moisés para resgatar Seu povo dos egípcios, mas esse tempo ainda não havia chegado. Era necessário primeiro quarenta anos no deserto, a aprendizagem na escola de Deus. Deus havia previsto que o seu povo estaria na terra do Egito como escravos por 400 anos (Gênesis 15:13), de modo que os eventos de Moisés estavam adiantados quarenta anos. Na solidão do deserto, mais preparação foi necessária. E o povo também precisava de mais preparação "No forno de tijolos". O Senhor ordena tudo de acordo com sua infinita sabedoria. Para Ele não há pressa, Deus não deixa o Seu povo em perigo por mais tempo do que o necessário. 
 
Moisés veio para livrar o seu povo, ele tinha um cuidado verdadeiro para com seus irmãos, os Hebreus, mas age de um modo terrível... ele mata o egípcio. Moisés deve aprender que isto jamais trará bons resultados. Seu fracasso também nos ensina algo muito importante. Além de ainda não estar pronto, isso mostra que por maiores que sejam nossas afeições, nossas “boas intenções”, não podemos seguir a Cristo por meio de nossos próprios impulsos naturais (versículo 12, ver João 18:10). 


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

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