(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de
prosseguir)
O oitavo castigo, não há comida. Tudo o que havia sobrado é
agora destruído pelos gafanhotos. Uma praga terrível! "Eu pequei",
repete Faraó com evidente má fé, com o único objetivo de ser libertado dos
gafanhotos. Faraó agora está com pressa, e sua confissão vai além da anterior.
Mas ele está interessado somente em se livrar dos problemas (veja a palavra
"somente" duas vezes no versículo 17). Mas um homem não pode zombar
de Deus. Faraó deixou que o momento do perdão passasse (Jeremias 46:17) e o
Senhor endurece novamente seu coração.
Então vem a escuridão, o nono castigo, três dias inteiros de
uma escuridão que se pode “tocar”, que se pode ser sentida! Há novamente uma grande diferença entre os
Egípcios e os Israelitas.
Será que existe diferença entre nosso lar e um lar
mundano?
Moisés não faria concessões de espécie alguma (maravilhoso
exemplo para nós), e Faraó sela seu próprio destino ao recusar se submeter a
Deus.
A escuridão foi um sinal de grande importância para os
egípcios. O sol, a fonte de luz, de calor, de vida, que eles adoravam como um
deus (Ra), se mostra impotente perante o Criador do universo. Mas em todas as
casas dos filhos de Israel havia luz. "Para que todo aquele que crê em
mim, não habite nas trevas", declara o Senhor Jesus (João 12:46 - JND). E
ainda: " Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo
contrário, terá a luz da vida" (João 8:12). No meio de um mundo cheio das
sombras do pecado, o crente ainda pode desfrutar da presença da luz: Cristo
fazendo Sua morada nele (João 14:23). Para o crente tudo é claro: o estado do
mundo, seu futuro, a condição de seu próprio coração. Ele sabe onde pode pisar
com segurança. O que ele faz pode ser visto por todos (Lucas 11:36).
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao
Nome do Senhor no século XIX e XX.
Comentários de L. M. Grant sobre as pragas
Praga no. 8 - Gafanhotos (versículos 1 a 20)
Novamente o Senhor lembra a Moisés que Ele próprio endureceu
o coração de Faraó e os corações de seus servos, a fim de mostrar publicamente
os Seus sinais diante deles, bem como que as grandes obras de poder de Deus
podem ter um efeito muito real na geração atual de Israel e nas gerações
vindouras para que percebessem que era realmente o Senhor da glória vivo que
estava tratando com eles (versículo 1 e 2).
Por ordem do Senhor, Moisés estendeu sua vara sobre a terra
do Egito e o vento oriental soprou dia e noite trazendo consigo um enxame de
gafanhotos como nunca antes fora, nem depois virão (versículo 14). Toda a terra
do Egito sofreu com isso, toda a sua vegetação verde foi completamente
consumida (versículo 15).
O choque a Faraó foi tão grande que ele chamou
apressadamente para Moisés e Aarão, dizendo-lhes novamente que tinha pecado
contra o Senhor e contra Israel e implora que pudessem perdoar o seu pecado
desta vez e pedir ao Senhor para tirar este terrível sofrimento.
Através da intercessão de Moisés, Deus novamente deu alívio
ao Egito, enviando um vento ocidental fortíssimo que levou todos os gafanhotos
com ele para afogá-los no Mar Vermelho (versículo 19). No entanto, em Seu
governo soberano, Deus endureceu o coração do Faraó, de modo que ele ainda se
recusava a permitir que Israel partisse.
Praga no. 9 – Escuridão
A nona
praga não foi anunciada. O Senhor simplesmente diz a Moisés que estenda sua mão
para o céu e trevas espessas caíram sobre toda a terra do Egito por três dias,
uma "escuridão que podia ser apalpada". Uma figura da escuridão
espiritual que a descrença prefere (João 3:19), mas que os homens não acham tão
desagradável enquanto a escuridão não é mostrada pelo menor raio de luz.
Eles
voluntariamente escolhem a escuridão ao invés da luz, e mais tarde descobrem
que não é o que eles pensavam que fosse. Mas os israelitas não foram afetados.
Eles tinham luz em suas casas, enquanto os egípcios estavam totalmente na
escuridão.
Claro que
isso foi milagroso, mas os cristãos hoje têm luz espiritual, enquanto todo o
mundo está em escuridão. Mais uma vez Faraó chamou Moisés com outra oferta
comprometedora. Ele permitiria que até mesmo suas crianças saíssem com Israel,
mas na condição de deixar os seus rebanhos. Tentações como essa também vêm a
nós através dos desejos pecaminosos de nossos corações, mas devemos lembrar que
nossas posses também pertencem ao Senhor e devem ser usadas somente para Ele.
Moisés recusa essa oferta. Os sacrifícios a Deus devem ser feitos dos animais
que possuíam. Ele insiste: "Nem uma unha ficará" (versículos 25 e
26).
Recusando-se
a submeter-se a Deus, Faraó permite nesta ocasião que seu temperamento arda com
raiva contra Moisés. Ele diz a Moisés que saia de sua presença e que não volte
a ver seu rosto, ameaçando-o de que, se ele ver sua face novamente, ele
morrerá. Moisés, contudo, responde a ele com palavras solenes: "Bem
disseste; eu nunca mais verei o teu rosto" (versículo 29). Mas não foi
Moisés quem morreu: foi Faraó! - uma vítima de sua própria loucura. Deve-se
observar que Êxodo 11:8 se refere ao mesmo tempo que Êxodo 10:28-29, de modo
que Êxodo 11:1 até o meio de Êxodo 11:8 ocorreu antes de Êxodo 10:28-29.
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