sábado, 30 de maio de 2020

Êxodo 10:24-29; 11:1-10


 
(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 
 
Uma após outra, nove pragas caíram na terra do Egito. Resta ainda uma décima, mais terrível que todas as anteriores, cujo significado veremos. Este é o último pedido e o último aviso do Senhor antes que venha castigo final. É possível que cada uma destas pragas condenasse um diferente deus falso dos Egípcios. Mas ela é precedida por uma nova proposta de Faraó: "Ide, servi ao SENHOR; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas" (versículo 24). Era para impedir que o povo oferecesse seus sacrifícios e holocaustos. Vemos nesta proposta os esforços de Satanás para privar-nos daquele que foi o Sacrifício perfeito. Ele faz tudo para impedir o nosso gozo de Cristo, em particular quando nos reunimos em adoração para apresentá-lo ao Pai - (para nós, o partimento do pão). Infelizmente, muitas vezes ele consegue. O resultado para nós é perda, mas pior que isso, Deus é privado da oferta preciosa que Ele espera de Seus filhos redimidos. De uma maneira mais geral, a resposta de Moisés nos lembra que Deus tem direitos não somente sobre nós, mas sobre tudo o que possuímos. 
 
“Para que saibais que o SENHOR fez diferença entre os egípcios e os israelitas” (Versículo 7), nos fala outra vez do quanto o Senhor Se agrada em Seu povo e pode mostrar Seu poder a eles. A porta a esta graça está para ser fechada para sempre. No Egito (uma figura deste mundo) o castigo de Deus estava para cair. 
 
Moisés “saiu de Faraó em ardor de ira” (versículo 8). Veremos que em várias ocasiões este homem de Deus estava sujeito à ira, mas ele era "mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra" (Números 12:3: ver Êxodo 16:20 e 32:19, Levítico 10:16, Números 16:15 e 31:14). Mas, neste momento, tratava-se da glória de Deus e do bem de Seu povo. Nossa ira sempre tem uma causa tão justa? 
 
Em Êxodo 10:28, Faraó diz a Moisés: “Vai-te de mim”. Em Lucas 8:37, uma multidão pediu isso para Jesus - E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles. E Jesus os deixou imediatamente. Isso nos faz meditar, o quanto desejamos ficar na presença do Senhor e ou desejamos Ele fora para não "atrapalhar" nossa criação de porcos. 
 
*Apenas para lembrar: Êxodo 11:8 se refere ao mesmo tempo que Êxodo 
10:28-29, de modo que Êxodo 11:1 até o meio de Êxodo 11:8 ocorreu antes de Êxodo 10:28-29. (L. M. Grant) 


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Êxodo 10:12-23




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)

 

 

O oitavo castigo, não há comida. Tudo o que havia sobrado é agora destruído pelos gafanhotos. Uma praga terrível! "Eu pequei", repete Faraó com evidente má fé, com o único objetivo de ser libertado dos gafanhotos. Faraó agora está com pressa, e sua confissão vai além da anterior. Mas ele está interessado somente em se livrar dos problemas (veja a palavra "somente" duas vezes no versículo 17). Mas um homem não pode zombar de Deus. Faraó deixou que o momento do perdão passasse (Jeremias 46:17) e o Senhor endurece novamente seu coração. 

Então vem a escuridão, o nono castigo, três dias inteiros de uma escuridão que se pode “tocar”, que se pode ser sentida!  Há novamente uma grande diferença entre os Egípcios e os Israelitas.

 

Será que existe diferença entre nosso lar e um lar mundano? 

 

Moisés não faria concessões de espécie alguma (maravilhoso exemplo para nós), e Faraó sela seu próprio destino ao recusar se submeter a Deus. 

A escuridão foi um sinal de grande importância para os egípcios. O sol, a fonte de luz, de calor, de vida, que eles adoravam como um deus (Ra), se mostra impotente perante o Criador do universo. Mas em todas as casas dos filhos de Israel havia luz. "Para que todo aquele que crê em mim, não habite nas trevas", declara o Senhor Jesus (João 12:46 - JND). E ainda: " Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida" (João 8:12). No meio de um mundo cheio das sombras do pecado, o crente ainda pode desfrutar da presença da luz: Cristo fazendo Sua morada nele (João 14:23). Para o crente tudo é claro: o estado do mundo, seu futuro, a condição de seu próprio coração. Ele sabe onde pode pisar com segurança. O que ele faz pode ser visto por todos (Lucas 11:36).

 

 

Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

 

 

Comentários de L. M. Grant sobre as pragas 

 

Praga no. 8 - Gafanhotos (versículos 1 a 20)

 

Novamente o Senhor lembra a Moisés que Ele próprio endureceu o coração de Faraó e os corações de seus servos, a fim de mostrar publicamente os Seus sinais diante deles, bem como que as grandes obras de poder de Deus podem ter um efeito muito real na geração atual de Israel e nas gerações vindouras para que percebessem que era realmente o Senhor da glória vivo que estava tratando com eles (versículo 1 e 2).

 

Por ordem do Senhor, Moisés estendeu sua vara sobre a terra do Egito e o vento oriental soprou dia e noite trazendo consigo um enxame de gafanhotos como nunca antes fora, nem depois virão (versículo 14). Toda a terra do Egito sofreu com isso, toda a sua vegetação verde foi completamente consumida (versículo 15).

 

O choque a Faraó foi tão grande que ele chamou apressadamente para Moisés e Aarão, dizendo-lhes novamente que tinha pecado contra o Senhor e contra Israel e implora que pudessem perdoar o seu pecado desta vez e pedir ao Senhor para tirar este terrível sofrimento.

 

Através da intercessão de Moisés, Deus novamente deu alívio ao Egito, enviando um vento ocidental fortíssimo que levou todos os gafanhotos com ele para afogá-los no Mar Vermelho (versículo 19). No entanto, em Seu governo soberano, Deus endureceu o coração do Faraó, de modo que ele ainda se recusava a permitir que Israel partisse.

 

 

Praga no. 9 – Escuridão

 

A nona praga não foi anunciada. O Senhor simplesmente diz a Moisés que estenda sua mão para o céu e trevas espessas caíram sobre toda a terra do Egito por três dias, uma "escuridão que podia ser apalpada". Uma figura da escuridão espiritual que a descrença prefere (João 3:19), mas que os homens não acham tão desagradável enquanto a escuridão não é mostrada pelo menor raio de luz.

 

Eles voluntariamente escolhem a escuridão ao invés da luz, e mais tarde descobrem que não é o que eles pensavam que fosse. Mas os israelitas não foram afetados. Eles tinham luz em suas casas, enquanto os egípcios estavam totalmente na escuridão.

 

Claro que isso foi milagroso, mas os cristãos hoje têm luz espiritual, enquanto todo o mundo está em escuridão. Mais uma vez Faraó chamou Moisés com outra oferta comprometedora. Ele permitiria que até mesmo suas crianças saíssem com Israel, mas na condição de deixar os seus rebanhos. Tentações como essa também vêm a nós através dos desejos pecaminosos de nossos corações, mas devemos lembrar que nossas posses também pertencem ao Senhor e devem ser usadas somente para Ele. Moisés recusa essa oferta. Os sacrifícios a Deus devem ser feitos dos animais que possuíam. Ele insiste: "Nem uma unha ficará" (versículos 25 e 26).

 

Recusando-se a submeter-se a Deus, Faraó permite nesta ocasião que seu temperamento arda com raiva contra Moisés. Ele diz a Moisés que saia de sua presença e que não volte a ver seu rosto, ameaçando-o de que, se ele ver sua face novamente, ele morrerá. Moisés, contudo, responde a ele com palavras solenes: "Bem disseste; eu nunca mais verei o teu rosto" (versículo 29). Mas não foi Moisés quem morreu: foi Faraó! - uma vítima de sua própria loucura. Deve-se observar que Êxodo 11:8 se refere ao mesmo tempo que Êxodo 10:28-29, de modo que Êxodo 11:1 até o meio de Êxodo 11:8 ocorreu antes de Êxodo 10:28-29.


quinta-feira, 28 de maio de 2020

Êxodo 10:1-11




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)

 

 

"Pequei", admite Faraó (Êxodo 9:27). Isso é um arrependimento verdadeiro? Não. Assim que cessou a saraiva, ele continua pecando (Êxodo 9:34) e propositalmente endurece seu coração. Mas dali em diante é o Senhor quem endurece o seu coração (versículo 1). Quão sério é isso! Deus fala uma vez, duas vezes, (Jó 33:14) e ainda mais vezes. Então um dia é tarde demais, Sua paciência tem tempo e limite. 

 

Leitor, quantas vezes Deus falou com você?

 

Assim diz o SENHOR...: Até quando recusas humilhar-te diante de mim? Isso é o que muitos crentes hoje não estão querendo fazer! Mas é a única "estrada" para a bênção de Deus na vida (medite em Tiago 4:9-10).

 

Agora são os gafanhotos que ameaçam a já arruinada terra do Egito. Os servos de Faraó argumentam com ele que o Egito estava sofrendo. Eles não se importavam com Deus. José salvou o país, Faraó está arruinando-o. Do mesmo modo, Satanás arrasta o mundo até sua perdição, seu derradeiro desastre.

 

Agora uma nova sugestão é oferecida a Moisés: que somente os adultos saiam para realizar a festa. As crianças permanecerão na terra. Esta é a maneira pela qual Satanás se esforça para manter seu domínio sobre as almas através de afeições naturais e laços familiares. Faraó estava querendo deixar os homens de Israel saírem de modo que tivessem que voltar para seus lares e suas famílias. Faraó não queria a separação total do povo de Deus. Satanás é assim hoje. Mas leia novamente a bela e impressionante resposta de Moisés no versículo 9. Nenhum membro da família da fé, por menor que seja, deve permanecer em poder do Inimigo. 

 

Jovens, não pensem que o cristianismo é apenas assunto de seus pais. A casa cristã forma uma entidade, um todo, e é por isso que lhe pedem que siga os seus princípios, que se adapte aos seus costumes e as suas renúncias, mesmo que ainda não tenha pessoalmente compreendido o valor e a necessidade de tudo isso.

 

 

Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

 

 

Comentários de L. M. Grant sobre as pragas 

 

Praga no. 8 - Gafanhotos (versículos 1 a 20)

 

Novamente o Senhor lembra a Moisés que Ele próprio endureceu o coração de Faraó e os corações de seus servos, a fim de mostrar publicamente os Seus sinais diante deles, bem como que as grandes obras de poder de Deus podem ter um efeito muito real na geração atual de Israel e nas gerações vindouras para que percebessem que era realmente o Senhor da glória vivo que estava tratando com eles (versículo 1 e 2).

 

Moisés e Arão se puseram novamente diante do faraó para repetir a exigência de Deus, que ele se humilhasse perante o Senhor e deixasse ir Israel. Eles o deixam com o aviso de que caso ele ainda se recusar, Deus traria um enxame de gafanhotos na terra do Egito, que cobriria a face da terra e consumiria tudo o que sobrou no Egito. Eles também encheriam as casas, causando angústia como nunca tinha acontecido (versículos 3 a 6).

 

A advertência era alarmante o suficiente para os servos de Faraó que eles próprios apelam para que faraó deixar ir Israel em vez de continuar a sofrer os severos sofrimentos de Deus (versículo 7). Perguntaram-lhe se ainda não sabia que o Egito está destruído. Por isso Faraó trouxe Moisés e Arão outra vez, dizendo-lhes que Israel pode ir, mas com reservas. Quem são aqueles que iriam? Moisés respondeu: "Havemos de ir com nossos meninos e com os nossos velhos; com os nossos filhos, e com as nossas filhas, e com as nossas ovelhas, e com os nossos bois havemos de ir; porque festa do SENHOR temos" (versículo 9). Não tem acordo. O crente deve ser para o Senhor, sua casa e tudo o que possui também. Que todo filho de Deus tenha o mesmo propósito de coração como Moisés.

 

Mas Faraó não aceitou isso. Ele tentou intimidar Moisés, advertindo-o de que se todos eles saíssem, eles teriam sérios problemas e implicariam que não podiam depender de qualquer ajuda real do Senhor estando com eles (versículo 10). Ele só daria permissão para que os homens fossem sabendo que logo retornariam por causa de suas famílias. Moisés e Arão foram expulsos da presença de Faraó (versículo 11). Esse é o orgulho obstinado de um homem ímpio do mundo, influenciado por Satanás!

 

Por ordem do Senhor, Moisés estendeu sua vara sobre a terra do Egito e o vento oriental soprou dia e noite trazendo consigo um enxame de gafanhotos como nunca antes fora, nem depois virão (versículo 14). Toda a terra do Egito sofreu com isso, toda a sua vegetação verde foi completamente consumida (versículo 15). O choque a Faraó foi tão grande que ele chamou apressadamente para Moisés e Aarão, dizendo-lhes novamente que tinha pecado contra o Senhor e contra Israel e implora que pudessem perdoar o seu pecado desta vez e pedir ao Senhor para tirar este terrível sofrimento.

Através da intercessão de Moisés, Deus novamente deu alívio ao Egito, enviando um vento ocidental fortíssimo que levou todos os gafanhotos com ele para afogá-los no Mar Vermelho (versículo 19). No entanto, em Seu governo soberano, Deus endureceu o coração do Faraó, de modo que ele ainda se recusava a permitir que Israel partisse.


quarta-feira, 27 de maio de 2020

Êxodo 9:17-35




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 

Uma sétima praga é anunciada: o granizo. E ela vem com um aviso especial dado mais pessoalmente a Faraó.  

Ele tinha seu lugar de autoridade dada por Deus (veja Romanos 13:1), mas estava pensando muito de si mesmo e não obedecia a Palavra de Deus. Ele devia sua própria vida a Deus (Êxodo 9:16-17) mas não queria admitir isso. Se os líderes se voltam contra Deus, não podemos seguir seu exemplo, mas agir por fé por nós mesmos. 

Pela primeira vez vemos alguns egípcios temendo a palavra do Senhor (9:20) e colocando seus rebanhos em abrigos. O propósito das catástrofes que Deus permite que aconteçam é para lembrar aos homens de Sua presença. Estamos hoje tão orgulhosos de todo o progresso científico que o homem acredita que é capaz de controlar as forças da natureza. Então, para lembrar quem é o Dono do mundo, Deus permite desastres naturais, calamidades imprevisíveis (terremotos, epidemias, invasões de insetos), que mostram ao homem a criatura insignificante que ele é e humilha seu orgulho (Jó 38:22-23). Deus busca por todos os meios possíveis voltar os pensamentos dos homens para Ele. Na verdade, muitas vezes por conta desta chamada de atenção, os leva a refletirem e se preocuparem com seu destino eterno. Quantas almas em angústia encontraram em Jesus o abrigo, não apenas contra as tempestades deste mundo, mas contra o juízo eterno! 

No versículo 27, a primeira confissão de pecado vinda de Faraó, mas será que sentia isso?  
Moisés podia ver que Faraó não estava do lado de Deus, mas Moisés agindo com misericórdia roga outra vez por aqueles que não podiam rogar por eles mesmos. O Senhor é honrado e Faraó se torna mais responsável do que nunca por suas tolas ações. 
 
Deus mede cuidadosamente a extensão e duração da prova. Ela não vai além do que Ele permite. O linho e a cevada são feridos, mas não o trigo e o centeio (versículos 31 e 32). Quanto ao seu povo amado, eles gozam de Sua maravilhosa proteção durante todo o período da tempestade (versículo 26).


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.


Comentários de L. M. Grant sobre as pragas  
 
Praga no. 7 – Granizo com fogo (versículos 13-35) 
 
Mais uma vez o Senhor ordena a Moisés que repita a mesma mensagem a Faraó (versículo 13), acrescentando que continuará a enviar pragas a Faraó, aos seus servos e ao seu povo, até que Faraó fosse cortado da terra (versículos 13 a 15). Mais do que isto, é dito que o próprio Deus havia levantado Faraó com o propósito de fazer dele uma exibição do poder superior de Deus, e que através de toda essa história o nome de Deus seria declarado por toda a terra (versículo 16). Assuntos como este certamente seriam relatados em todo o mundo. 

Como Faraó continuava a exaltar-se contra o povo de Deus e, portanto, contra o próprio Deus, foi dito a ele que no dia seguinte Deus enviaria uma “saraiva mui grave”, tal como o Egito nunca havia experimentado antes. Mas ele também é gentilmente advertido de que os animais deixados fora seriam mortos. Alguns dos servos de Faraó temeram a Palavra do Senhor e deram atenção ao aviso e, claro, seus animais estavam seguros, mas outros que não tinham respeito pela Palavra de Deus sofreram as consequências. (versículos 20 e 21). 

Quando Moisés agiu de acordo com a Palavra de Deus, estendendo a mão para o céu, a saraiva foi acompanhada de trovões e relâmpagos, fogo correu pelo chão, um castigo que afetou a terra do Egito mais severamente do que qualquer coisa conhecida anteriormente, danificando toda a vegetação, quebrando árvores, além de matar rebanhos e pessoas que permaneceram fora. Outra vez a terra de Gósen foi poupada, de modo que Israel permaneceu à salvo de tudo isso. 

Este terrível sofrimento foi tão alarmante para Faraó que ele chamou Moisés e Arão (versículo 27) e disse: "Eu pequei desta vez" e admite que o Senhor é justo e ele e seu povo perversos. Ele não precisava ter dito isso, embora fosse verdade, mas certamente deveria ter dito isso quando prometeu deixar Israel ir se a praga fosse interrompida (versículo 28). 

Por causa de sua promessa, porém, Moisés concordou em pedir ao Senhor para remover a praga e ela cessaria imediatamente. Moisés deixou a cidade, dando testemunho do fato de que a terra é do Senhor (versículo 29). No entanto, Moisés acrescenta que sabia que Faraó e seus servos continuariam provando ser rebeldes (versículo 30). É dito aqui que apenas as culturas iniciais (linho e cevada) foram arruinadas, não as culturas posteriores (trigo e centeio). 

Como Moisés havia dito, o Senhor deu descanso do granizo, e novamente Faraó cumpriu a predição de Moisés, endurecendo seu coração ao recusar deixar ir Israel. 
 

terça-feira, 26 de maio de 2020

Êxodo 9:1-16




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 

Uma praga “gravíssima” cai agora sobre o gado. Deus poupa os rebanhos de Israel, pois serão necessários para fornecer cordeiros para a Páscoa, e depois para outros sacrifícios. Em seguida, sarna explode nos homens e nos animais. O coração do rei permanece endurecido, embora - observe a expressão - foi em seu coração que o Senhor está enviando todas estas pragas (versículo 14). Como explicar esta fúria de Faraó contra Israel? Satanás sabe que deste povo um dia deve nascer o Messias que, maior do que Moisés, virá para libertar os homens de seu jugo e será seu vencedor. Então, ele mantém Israel em cativeiro o maior tempo possível. Mas esta obstinação só consegue demonstrar ainda mais o poder de Deus e declarar o Seu nome em toda a terra (versículo 16 citado em Romanos 9:17). 

Colocado na presença do poder de Deus, mas também a Sua misericórdia que tirou as rãs, os piolhos e os enxames de moscas... o orgulhoso Faraó endurecendo deliberadamente seu coração cada vez mais e recusa a se arrepender.  

Quantas pessoas endurecem seu coração na presença do maior de todos os milagres da graça: o Filho de Deus morrendo pela salvação da humanidade perdida! 


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.


Comentários de L. M. Grant sobre as pragas  
 
Praga no. 5 – Doença nos rebanhos (versículos 1 a 7). 
 
Novamente o Senhor pede para que Moisés repita seu pedido a Faraó para deixar o povo ir. Desta vez, Ele adverte que caso Faraó recuse, enviará uma pestilência gravíssima sobre todos os rebanhos do Egito, uma doença que levaria a morte, mas Israel seria imune a ela. A lição destacada aqui refere-se que a ganância egoísta do homem eventualmente destrói aquelas coisas que são necessárias para servir a seus interesses. Por exemplo, os homens recorrem a greves, manifestações por direitos civis, etc., para exigir o que eles chamam de seus próprios direitos, mas eles sempre se tornam os perdedores. O versículo 6 nos diz que "todo o gado do Egito morreu". No entanto, o versículo 19 indica que havia gado no Egito na época da sétima praga. A resposta pode ser que a palavra "todos" no versículo 6 não pretende ser absoluta, mas usada em sentido geral, ou então outros animais poderiam ter sido trazidos depois da quinta praga. Faraó mandou ver para descobrir que nenhum dos animais dos israelitas foram afetados, mas apesar disso endureceu seu coração contra o Senhor. 

 
Praga no. 6 – Sarna (versículos 8 a 12) 
 
Neste caso, não houve aviso. O Senhor ordenou a Moisés que tirasse cinzas de um forno em suas mãos e sob o olhar de Faraó as espalhasse para o céu, evidentemente jogando-as para cima, para que o vento as dispersasse em todas as direções. Ao fazer isso, as cinzas tornaram-se uma poeira fina, trazendo consigo uma infecção tal que produzia úlceras nas pessoas e animais. 

Os mágicos não fizeram nenhuma tentativa de imitar este milagre, porque eles próprios foram atingidos e provavelmente não queriam ter mais sobre eles! Esta praga mostra a corrupção moral pessoal que resulta da resistência à verdade da Palavra de Deus. Mas mesmo isso não persuadiu Faraó a se arrepender de seu estado de obstinação ao recusar a Palavra de Deus para deixar Seu povo ir. 
 

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Êxodo 8:20-32




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)

 
A quarta praga é a das moscas. Enxames delas entram nas casas e arruínam a terra do Egito, com exceção da terra de Gósen. Quão gracioso da parte do Senhor poupar Seu povo! Ele fez diferença (versículo 22-23). Lembre-se sempre de que somos um povo separado! Não existe algo como uma irmandade comum a todos os homens! Na esfera moral, essas moscas nos fazem pensar nas fofocas, nas difamações, nos ciúmes e em todas as fontes de irritação que envenenam as relações familiares e sociais dos povos do mundo, mas que não devem encontrar lugar nas casas dos filhos de Deus.  

Faraó agora está pronto para fazer certas concessões: "Ide, oferecei sacrifícios a vosso Deus nesta terra" (versículo 25). Moisés entende que existe uma separação e não irá concordar em realizar sacrifícios a Deus na terra do Egito. Os Israelitas devem ir sozinhos - não deve haver mistura de Egípcios e Israelitas. Quão triste é vermos locais de profissão cristã em nossos dias que convidam qualquer pessoa que passe para "adorar conosco". Mas isso era impossível. 

O Senhor havia ordenado que fossem três dias de viagem para o deserto (Êxodo 3:18). Três dias: esse é o período de tempo que Jesus permaneceu na sepultura, entre Sua morte na cruz e a manhã da Sua ressurreição. Hoje, o Inimigo gostaria muito de nos arrebatar destas verdades que recordam sua derrota. Por outro lado, a adoração sem a lembrança da cruz e da ressurreição não o incomoda em nada. O mundo admira a vida de Jesus e honra as “pessoas de bem”. O mundo tem sua própria religião e aceitará tolerantemente que nós tenhamos a nossa também. Mas a cruz e a presença de um Cristo vivo no céu, que são os fundamentos da nossa adoração, condenam o mundo e nos separam totalmente dele (Gálatas 6:14). 
 

Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.


Comentários de L. M. Grant sobre as pragas  
 
Praga no. 4 – Moscas (versículos 20-32) 
 
Novamente, Moisés avisa a Faraó. Ele repete o comando anterior de Deus para deixar Seu povo ir e adverte que de se não for assim Deus enviará enxames de moscas para encher as casas dos egípcios e flagelar seu povo, bem como cobrir a terra. A palavra "enxames" é evidentemente traduzida corretamente como "uma mistura", indicando uma mistura de pequenos insetos. Neste caso, é anunciado que os israelitas estariam inteiramente livres da praga, somente o Egito sofreria (versículos 22-23). 
Mais uma vez, a advertência não significou nada para Faraó, então a terra foi devastada pelos enxames de insetos. Então Faraó ficou preocupado o suficiente para chamar Moisés e Arão dizendo-lhes que podiam ir e sacrificar a Deus, mas no Egito (versículo 25). Moisés não podia aceitar isso. A ordem de Deus era que fossem três dias de viagem antes de sacrificar. Mais do que isso, os egípcios consideravam o sacrifício de ovelhas e bois como uma abominação e responderiam violentamente se feito no Egito (versículo 26). O mundo não entende a verdadeira adoração do povo de Deus e ela não deve ser misturada com princípios mundanos. A viagem de três dias se deve ao fato de que o verdadeiro culto cristão está no terreno da morte e ressurreição de Cristo. Faraó concorda em deixá-los ir, mas com alguma reserva, dizendo que eles não devem ir muito longe e pedindo que orassem ao Senhor para tirar este flagelo. Moisés estava claramente cético da sinceridade do faraó, mas, no entanto, diz a ele que ele iria orar por esta libertação, o que ele fez (versículos 29-30). A resposta foi dada imediatamente, mas Faraó enganosamente retornou ao seu estado de resistência (versículos 31-32). 

sábado, 23 de maio de 2020

Êxodo 8:1-19




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 
 
Sob o comando do SENHOR, Arão estende a mão e agora são as rãs que sobem e invadem a terra. Moisés deixou de contestar as ordens de Deus. Ele agora tem plena segurança Naquele que O enviou, e ele frente a frente com Faraó diz: "Quando orarei por ti?" (versículo 9). 
"Aumenta-nos a fé" os discípulos pediram ao Senhor (Lucas 17:5). Esta também deveria ser a nossa oração. 
 
O segundo castigo; mas os homens de Satanás ainda estão trabalhando! Só o Senhor poderia fazer cessar o problema. Moisés ora por aqueles que estavam causando os problemas, pois Faraó parecia estar cedendo um pouco. 

O terceiro castigo. Satanás não tem poder para produzir vida do pó. Somente Deus dá vida a qualquer criatura. Satanás sempre tenta imitar Deus. Hoje escutamos de milagres sendo feitos; tenhamos cuidado com as imitações de Satanás. Depois dos sapos são os piolhos (mosquitos, versão Darby) que enchem o Egito. Os mágicos, que nas duas ocasiões anteriores tinham imitado Arão, desta vez fracassam. Sua insensatez se tornou manifesta. 2 Timóteo 3:8 nos dá seus nomes: Janes e Jambres. Eles representam pessoas que de cristãos possuem apenas o nome, aqueles que têm a forma de piedade sem fé verdadeira. Para ser cristão não basta imitar aqueles que são os verdadeiros filhos de Deus. É possível estar presente nas reuniões, ler a Bíblia, fazer muitas boas obras... E mesmo assim não ser um cristão. Nada é mais fácil do que fingir pertencer ao Senhor, enganando os outros e talvez até nos enganando. Querido amigo, você possui verdadeira fé ou apenas a aparência dela? Seu destino eterno depende da resposta a essa pergunta.


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.


Comentários de L. M. Grant sobre as pragas  
 
Praga no. 2: Rãs (versículos 1-15)  
 
Mais uma vez Deus dá a Faraó a oportunidade de responder a Sua exigência para deixar Israel ir (versículo 1). Mas Moisés deveria acompanhar isso com a advertência de que, se Faraó se recusasse, suas terras seriam inundadas com uma praga de rãs que entrariam em suas casas, quartos e camas, em teus fornos e amassadeiras (seus utensílios de comida e cozinha) (versículos 2-3).  

Como Faraó não atendeu ao aviso, o Senhor deu ordem a Moisés para que Aarão estendesse a mão com a tua vara sobre as correntes, rios e tanques fazendo com que as rãs subissem para cobrir a terra do Egito. A primeira praga ensinou uma importante lição de morte, agora a segunda significa imundícia (Apocalipse 16:13-14). É uma figura da poluição moral e espiritual muito mais nojenta que infecta todos os níveis da sociedade quando a Palavra de Deus é recusada. Os espíritos imundos aproveitam-se dessa recusa, e Deus permite que eles operem seus maus desígnios, assim como hoje todas as áreas da vida estão afetadas e corrompidas pela imundície das pessoas em detrimento da Palavra de Deus. Os mágicos também podiam introduzir tais coisas imundas, mas não reverte-las.  Deus fez isso em disciplina para o Egito, para expor sua condição real de impureza moral que permeava sua nação. Os mágicos fizeram isso para mostrar suas habilidades mágicas, mas eles só aumentaram o flagelo, assim como impostores astuciosos, tentando imitar o poder espiritual, apenas adicionam sua própria imundície à maldade no mundo.  Faraó pode ter visto por este lado, pois ele não apelou aos mágicos para tirar as rãs.  

Ele chamou Moisés e Arão e pediu a eles que rogassem ao Senhor que tirassem as rãs e em troca prometeu deixar os israelitas irem. Moisés respondeu pedindo a Faraó que decidisse “quando” ele deveria pedir para que as rãs fossem tiradas (versículo 9). Faraó disse: "Amanhã". (Talvez ele pensasse que Deus não poderia fazer tão rapidamente como "hoje"!) Moisés deixa claro que sua oração será respondida no momento preciso para que Faraó possa ter a evidência clara de que não há outro como o Senhor nosso Deus (versículo 10).  

Como declarado, em resposta à oração de Moisés, o Senhor tira as rãs. Elas morreram e foram reunidos em montões, de modo que somente seu fedor permaneceu, um lembrete do mau cheiro da imundície do Egito. Mas quando Faraó foi aliviado deste flagelo, ele endureceu seu coração em manter Israel em cativeiro (versículo 15).  

 
Praga no. 3 – pó vira piolhos (mosquitos, versão Darby) (versículos 16-19)  
 
 A terceira praga não foi anunciada antecipadamente. Arão foi instruído por Moisés a estender a sua vara e a ferir o pó da terra para que se tornasse em insetos por toda a terra do Egito. No entanto, eles não permaneceram no chão, de acordo com o caráter da poeira, eles atingiram pessoas e animais. Esta era uma contaminação pessoal que seria virtualmente intolerável. Os mágicos tentaram imitar isso com seus encantamentos, mas não puderam fazê-lo.  Eles tiveram que admitir que "isto é o dedo de Deus" (versículo 19). Eles já haviam criado rãs, mas as rãs já estavam lá para serem criadas. Agora, quando a pó foi transformado em insetos, eles reconhecem que isso foi trazer vida de uma fonte sem vida. Eles não poderiam fazer isso, mesmo no caso da forma mais simples de vida. Apesar disso, Faraó endureceu cegamente o seu coração, como tantos o fazem hoje, apesar de terem de enfrentar o claro testemunho de Deus no evangelho de Seu Filho.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Êxodo 7:14-25




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 
 
Se os egípcios não deram ouvidos aos dois primeiros sinais, o Senhor disse a Moisés, então haverá um terceiro realmente solene: o da água sendo transformada em sangue. A água nos fala do que é refrescante e dá vida, enquanto o sangue derramado é a morte. Além disso, para os povos pagãos como os egípcios por exemplo, a água sempre teve um caráter de limpeza e purificação corporal, mas sabemos que não poderia fazer nada para alma. Com esta fonte tocada pelo poder de Deus, ficando morta e fétida, com o que se purificariam? As pragas foram calculadas para ferir mais intensamente o que constituía sua religião. Os egípcios supunham que o Nilo era o grande emblema terrestre de um de seus deuses, então transformar o Nilo em um lugar de morte e repulsa foi humilhante para eles. Deus está lidando com seus deuses, bem como o povo e seus hábitos. 

A Palavra foi dada ao homem para lhe trazer vida. Mas se ele não recebe e se recusa a crer, a mesma Palavra se tornará para ele juízo e morte (leia João 12:48). Hoje ela proclama graça, mas também juízo para aqueles que não a recebem. Todo mundo vai ao encontro dela de uma maneira ou de outra, agora para a vida ou mais tarde para a morte! 

O que o SENHOR falou se cumpriu para os egípcios. O Nilo, a artéria vital de seu país, e do qual haviam feito um deus para si, tornou-se agora objeto de aversão e repulsa. O sangue enche o rio, os canais, os lagos e até mesmo seus tanques. Todas as fontes em que o mundo sacia sua sede se tornaram envenenadas e mortíferas (versículo 18). Vamos evitar de beber delas!  

O Senhor começa a derramar Seus grandes castigos sobre toda a terra do Egito. Mas os homens sob o poder de Satanás (versículo 22) também fazem grandes coisas, e o rei continua a não dar atenção ao Senhor. Faraó estava tão endurecido de coração (versículo 23) que nem mesmo se sentiu incomodado pelos problemas de seu próprio povo enquanto este buscava água para poder beber. Pelo poder de Satanás eles imitaram o que trouxe a morte e o único resultado que conseguiram foi aumentar a miséria do povo. Eles teriam feito muito melhor se tivessem mostrado a sua habilidade alterando o sangue em água. Mas isso eles eram incapazes de fazer. Foi o Senhor em Sua misericórdia Quem interrompeu este primeiro castigo (versículo 25).


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Êxodo 7:1-13



(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 
 
No Salmo 90 (uma oração de Moisés, o homem de Deus), Moisés se refere à idade de 80 como o limite da vida para um homem forte. No entanto, é a mesma idade em que ele próprio começou seu ministério (versículo 7). Quando Deus chama um servo, Ele começa deixando de lado sua força natural; então Ele fornece novas fontes de força, as que emanam Dele. 
 
Jeová fez conhecer antecipadamente os seus pensamentos a Moisés e a Arão. Se Faraó, o rei, agisse duramente para com Israel, ele receberia o mesmo tratamento de volta (compare Gênesis 12:3 e Gálatas 6:7). Alguns podem pensar que Deus tenha endurecido o coração de Faraó primeiro, mas não foi assim. Faraó primeiro endureceu seu coração (Êxodo 5:2), embora Deus tenha dito de antemão que sabia que Faraó se recusaria a deixar os Israelitas saírem do Egito (Êxodo 3:19). Observe, quanto ao endurecimento do coração de Faraó, que esse não era o caso antes da infidelidade pronunciada por Faraó (Êxodo 5:2). Deus nunca forçou um homem a ser incrédulo. A incredulidade nunca é consequência da dureza judicial por parte de Deus. Então não existe endurecimento? A escritura não diz que existe? Sem dúvida, endurecimento, por parte de Deus, existe, mas é um erro achar que Deus endurece uma pessoa sem antes Ele primeiro enviar um testemunho e este testemunho ser recusado. Ambas as afirmações estão corretas, e isso é apenas mais um exemplo da importância de não aceitar visões particulares da Escritura, mas de sermos guiados e nossos pensamentos modelados por toda a Escritura. 

Deus enviou um testemunho a Faraó, como Ele faz a todos de uma forma ou de outra. Mas o homem deixado a si mesmo invariavelmente recusa o testemunho de Deus. Ele sabe que é Deus, tem a consciência de que está errado ao rejeitá-Lo, mas recusa porque não gosta e não ousa confiar em Deus, cuja palavra interfere com tudo o que ele gosta. Por isso, o homem se entrega à incredulidade, e então Deus pode, em algum momento, de acordo com Sua sabedoria, selar uma pessoa em uma dureza judicial que é um ato da parte de Deus. Pessoalmente, acredito que o endurecimento não é meramente do lado do homem e, no sentido judicial, não é do homem, embora sem dúvida alguma resultado do pecado do homem. Deus endurece porque o homem recusa Sua palavra. Assim, o endurecimento é um ato judicial por parte de Deus depois que o homem se revelou incrédulo e persistiu nisso. Foi assim com Faraó, e esse é um caso típico, a advertência permanente no Novo Testamento, como o primeiro exemplo mostrado do Antigo Testamento que o apóstolo Paulo cita para este propósito. Consequentemente, é o testemunho permanente desta verdade solene. Lembre-se que este não é um mero fato isolado. É mais comum do que as pessoas imaginam e será em grande escala na cristandade em breve (2 Tessalonicenses 2). Sempre foi assim. Foi assim quando nosso Senhor Jesus esteve aqui e a presença do Espírito, em vez de evitar, confirmou. Portanto, se em grande escala ou em relações individuais de Deus, nada pode ser mais certo de que existe essa ação de Sua parte. Ao mesmo tempo, nunca é Deus quem faz do homem um incrédulo. Endurecer é um julgamento que vem quando o homem persiste na incredulidade diante do testemunho claro e repetido de Deus. 
 
As coisas que eram conhecidas como pragas para os egípcios (Êxodo 9:14) eram chamadas de "sinais" para o povo de Deus (versículo 3) e tinham para este povo um ensinamento moral. As pessoas gostam de ver milagres, mas seus corações não são mudados por tais atos de poder. O mesmo aconteceu quando Jesus esteve aqui (João 2:23-25 e João 6:25-29). É assim que Deus instrui os cristãos sobre o significado do mundo, de Satanás e como ele engana suas pobres vítimas. Sua Palavra nos faz conhecer "os grandes juízos" que cairão sobre os homens que não se arrependeram. Nos fala também como Ele trará Seus remidos deste mundo para introduzi-las na pátria celestial (versículo 4). Portanto, queridos amigos cristãos, tendo sido avisados de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade! (2 Pedro 3:11). 
 
Na presença de Faraó e de seus servos, Moisés e Arão realizam os sinais que lhes foram dados no capítulo 4. Falando da vitória sobre Satanás (a serpente) e sobre o pecado (lepra), podemos ver como um resumo do Evangelho.


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.


quarta-feira, 20 de maio de 2020

Êxodo 6:9-30



(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 
 
Nos magníficos versículos 6 a 8, Deus revelou a Moisés todo o seu plano de salvação, e também o novo nome do SENHOR que Ele tomara em relação a Israel. E este plano de salvação é mais uma vez absolutamente assegurado por Sua assinatura: Eu, o SENHOR (versículo 8). "Eu, eu mesmo, sou o que apaga as tuas transgressões por amor de mim" é a modo como Deus confirma isso em Isaías 43:25. É muito triste notar que Israel, "por ânsia de espírito" (impaciência), não escuta. É a primeira manifestação de descrença neste povo, seguida, infelizmente, como veremos, por uma longa série de eventos semelhantes (Salmo 106:7). 
Moisés entregou uma mensagem feliz e confortante, mas não foi ouvida porque o povo estava muito angustiado. Com que frequência perdemos algo por causa de nossa impaciência e descrença em Deus? 
 
Em relação a Moisés, ele está novamente preocupado e desanimado. Sua fé está muito distante da postura do nome e das promessas do Senhor. 
Então Deus volta sua atenção para Seu povo. Eles estão misturados com estranhos, mas o Seu olho os distingue e Ele se agrada ao recordar seus nomes. "O Senhor conhece os que são seus" (2 Timóteo 2:19). Vamos lembrar também do versículo encorajador para os crentes de todas as épocas. "Os olhos do SENHOR estão sobre os justos; e os seus ouvidos, atentos ao seu clamor" (Salmo 34:15, 1 Pedro 3:12). 
Obediência à Palavra de Deus é o que Deus insiste. Deus sabia que o povo seria levado para fora do Egito, portanto Ele nos mostra aquelas famílias que mais tarde seriam líderes especiais entre os Israelitas Temos aqui os nomes de vários membros da família de Levi que, para o bem ou para o mal, desempenham um papel importante na história de Israel: Corá e seus filhos, os quatro filhos de Arão, Finéias... 
 
A genealogia não requer nenhuma observação a não ser para observar como a graça se afirma. Arão é mais velho que Moisés e na genealogia a ordem natural é mantida, como por exemplo, nos versículos 20 e 26: "Estes são Arão e Moisés aos quais o Senhor disse". Mas quando chegamos a ação espiritual, é sempre "Moisés e Arão" - nunca "Aarão e Moisés". Quão lento somos para aprender a perfeição da palavra de Deus! No entanto, nada é como ela para a simplicidade e acesso. Nossa dificuldade é que a falta de familiaridade com ela impede que tomemos conhecimento do que está sob nossos olhos. Quando os nossos olhos são abertos, lá está, vemos como seu caráter é único. E isso tem um efeito surpreendente sobre o homem espiritual que se alimenta das sãs palavras de Deus, porque todos nós podemos ser descuidados e usar palavras levianamente. Se é uma grande coisa desfrutar dos benefícios da boa companhia, não há companhia ou conversa como a de Deus. Esta é a maneira pela qual o Senhor nos dá simplicidade e ao mesmo tempo uma profundidade além de nós mesmos. Como é bom o Senhor nos falar não apenas da graça, mas da natureza! Nós, como cristãos, brigamos com tais assuntos? Nós as reconhecemos, colocando as coisas naturais em seu lugar de modo absolutamente correto. É inútil negar o que é certo de acordo com a ordem da natureza. Evite sempre ver apenas um lado. Nada é mais perigoso do que isso nas coisas de Deus. Dê à natureza seu lugar e o que lhe pertence; mas sempre mantenha a superioridade da graça ao fazer isso. E cuidado para que, não apenas conhecendo e desfrutando, caminhemos adequadamente para a graça, senão ela perde seu caráter. A graça não é então mais graça, mas apenas uma vã pretensão - o uso frívolo de palavras sem poder.


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

terça-feira, 19 de maio de 2020

Êxodo 5:15-23; 6:1-8



(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir) 
 
 
Faraó não cede nada, pelo contrário, exige ainda mais. Em vão clamam a ele (versículos 15 a 18). Satanás não somente desconhece a piedade, mas ele tem prazer na miséria de seus escravos. Ah! Talvez já tenhamos passado por tal experiência. O pecado é um tirano que nunca diminui seu poder. Dificilmente uma condição é satisfeita quando outra aparece e deve ser tratada imediatamente. Somente Cristo pode total e definitivamente acalmar um coração. Às vezes Deus arranja as situações fazendo o homem ansiar pela libertação, enquanto sente o peso do jugo do inimigo e as profundezas de sua condição miserável, para que ele finalmente esteja pronto para reconhecer que só Deus pode libertá-lo. 

Estes oficiais estão agindo sem a direção de Deus ao irem a Faraó; eles culpam Moisés (como crentes que agem sem a direção da Palavra de Deus. Eles sempre causam problemas). Muitas vezes, a oposição que vem de dentro do povo de Deus é mais difícil que a que vem de fora. Moisés perde sua confiança no Senhor. Há lições que ele ainda precisa aprender. 

Ao responder ao desânimo de Seus servos (versículo 23), de maneira nenhuma Deus os censura. Que resposta graciosa o Senhor dá! A incredulidade de Seu povo não altera Seu propósito de introduzir os Israelitas na terra da promessa. Pelo contrário, é a oportunidade para uma nova revelação de Si mesmo. O Senhor ou "Jeová" é o nome que Deus toma em Suas relações com Israel. Certamente esse nome já era conhecido, mas agora Deus revela seu significado. Para os patriarcas era o Deus Altíssimo, possuidor dos céus e da terra. Agora, como o propósito de Deus é fazer uma coisa nova (a libertação do Seu povo em escravidão), Ele introduz um novo nome. O Senhor, Ele é Aquele que nunca muda e é fiel ao Seu pacto. Para nós, crentes no tempo da graça, Ele tem um nome muito mais precioso ainda, o de Pai, esse nome que Jesus veio para nos dar a conhecer (E eu lhes fiz conhecer o teu nome e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja - João 17:26).


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.



segunda-feira, 18 de maio de 2020

Êxodo 5:1-14


 
(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir) 
 
 
Finalmente Moisés e Aarão vão a Faraó, o rei do Egito. Eles repetem as palavras do Senhor e Faraó usa uma linguagem perigosa contra o Senhor. Hebreus 12:5 é um aviso para nós não endurecermos nosso coração. 

O Egito nos apresenta uma ilustração convincente do que o mundo é, ou seja, a sociedade humana organizada sem Deus. Mas, pelo próprio ato de recusar a autoridade de Deus, o mundo no entanto a entrega a um mestre: Satanás, chamado o Príncipe deste mundo (João 16:11). Ele é um príncipe duro e sem remorsos, da qual o cruel faraó é uma figura impressionante. E quando uma alma começa a ser despertada em sua consciência e suspira por libertação (como Israel neste capítulo), Satanás faz todos os esforços para mantê-la no estado em que se encontra e a sobrecarrega com um aumento de suas ocupações (ver versículo 9). Ele distrai a pessoa com um turbilhão de atividades para afastar seus pensamentos internos e impedi-la de encontrar tempo para atender as necessidades de sua alma. Além daquele povo ter um aumento de trabalho, eles passaram a usar restolho, um substituto ruim para a palha, porque é áspero e irregular. Ou seja, as coisas ficam mais trabalhosas e difíceis. 

Sim, nós também conhecemos muito bem o que é gemer debaixo do jugo de Satanás, quando éramos "servos do pecado" (Romanos 6:17), "servindo a várias concupiscências e deleites" (Tito 3:3), incapaz de nos libertarmos por nossos próprios esforços.  

Será possível que um de nossos leitores se encontre nesta condição horrível?  

A Palavra de Deus apresenta a você uma libertação já realizada. Cristo, maior do que Moisés, não só a pregou, mas Ele mesmo a realizou. Ele arrebatou nossas almas da terrível escravidão do Diabo, do mundo e do pecado. 

Os capítulos 5 e 6 são de natureza introdutória ao conflito de Jeová com Faraó por julgamentos. Eles são ao mesmo tempo mais instrutivos para ilustrar os caminhos de Deus. A mensagem é dada em graça, a oportunidade para a obediência é oferecida - Deus aguarda com paciência e longanimidade antes que Sua mão seja levantada em juízo. É a mesma situação com o mundo no momento atual. Agora é o tempo da paciência e graça de Deus, durante o qual a mensagem de Sua misericórdia é proclamada de modo amplo e todo aquele que ouvir e crer é salvo. Mas este dia de graça está chegando ao fim, e no momento em que o Senhor Jesus se levantar de Seu assento à direita do Pai, a porta será fechada e os julgamentos começarão. Sendo assim, estes dois capítulos descrevem, por assim dizer, o dia da graça para Faraó... e para o mundo. 


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

sábado, 16 de maio de 2020

Êxodo 4:18-31



(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir) 
 
 
Quarenta anos depois de sua ida para Midiã, Moisés voltou ao Egito por ordem de Deus, com a bênção de Jetro, sua esposa Zípora, e seus filhos Gerson e  Eliézer (18:2-4). A vara do versículo 2 agora é a vara de Deus no versículo 20. O Senhor usa objetos comuns para fazer coisas extraordinárias, para que possamos ver claramente o que pode ser feito através do poder de Deus. 

Moisés já havia atuado anteriormente sem ter sido enviado por Deus. Agora que o Senhor o está enviando, ele levanta todas as contestações possíveis para evitar o chamado:  
1) sua incapacidade (Êxodo 3:11),  
2) sua ignorância (Êxodo 3:13),  
3) sua falta de autoridade (Êxodo 4:1),  
4) falta de eloquência (Êxodo 4:10),  
5) falta de aptidão para a sua missão com o desejo de que outra pessoa a assumisse (Êxodo 4:13),  
6) o fracasso em sua tentativa anterior (Êxodo 5:23) ou  
7) a incompreensão demonstrada por sua irmãos (Êxodo 6:12).  
Quantas vezes utilizamos estas razões para não obedecer?  
 
Os versículos 24 a 26 nos lembram que antes de realizar um serviço público (para o Senhor), é necessário que o servo de Deus tenha primeiro colocado em ordem a sua própria casa. Até aqui, provavelmente sob a influência de sua esposa, Moisés não havia circuncidado seu filho, símbolo da condenação da carne. Deus exigia isso, (Gênesis 17:10), e com mais razão na casa do Seu servo. E esta é a questão que agora deve ser resolvida. Uma desobediência quase custou a vida de Moisés. 

Por outro lado, o Senhor dá uma ordem a Aarão, repare com que rapidez ele obedece.  
Os versículos 27 e 28, nos indicam onde os irmãos são chamados a se encontrarem (no monte de Deus) e qual deve ser o tema deste encontro (a Palavra do Senhor e Suas maravilhas). 

No começo do capítulo Moisés disse: "Eis que me não crerão". Agora, porém, o Senhor tinha preparado os corações. Os filhos de Israel creem (versículo 31, compare com 2 Crônicas 29:36). Antes mesmo de sua libertação, se inclinaram e adoraram. 
Que palavras maravilhosas... 
Eles creram. Eles ouviram. Eles se inclinaram. Eles adoraram.


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Êxodo 4:1-17




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)

 
Na corte de Faraó, Moisés havia sido instruído em toda a sabedoria dos egípcios. Mas Ele não tinha aprendido a conhecer a "Eu Sou". Os anos vividos no palácio real não foram suficientes para fazer dele um instrumento adequado para a libertação do povo. O assassinato do egípcio mostrou isso. Depois de quarenta anos na escola de Faraó, apartado no deserto em Midiã, outros quarenta anos são necessários na escola de Deus. O resultado é que Moisés não tem mais nada para fazê-lo sentir orgulhoso de si mesmo. Em outro tempo ele era "poderoso em palavras e em obras" (Atos 7:22), agora declara que não tem eloquência e deixa de lado todas as suas habilidades pessoais. Mas se ele tem razão ao ter deixado de lado a confiança em si mesmo, ele ainda não tem plena confiança em Deus. Ele tem que aprender que quando o Senhor chama um homem para um serviço, Ele fornece todos os recursos necessários para sua realização. 
 
Deus lhe dá três sinais, ou milagres, para convencer o povo de Israel que Moisés tinha sido enviado por Deus. (1) Uma vara, (2) a mão colocada em seu seio (coração, a fonte do mal) que fica leprosa e depois volta a ficar sã, e (3) as águas do Nilo que derramada na terra se tornam em sangue. Estes sinais falavam do poder de Deus sobre Satanás (a serpente), o pecado (a lepra) e o fato de que Israel seria resgatado pelo sangue. Na cruz, Cristo triunfou sobre os principados e potestades do mal (Colossenses 2:15), ali o pecado foi julgado e condenado e, pelo seu sangue derramado na cruz, todo aquele que Nele crê, se purifica dos pecados. 
 
Ao invés de confiar no Senhor, Moisés continua duvidando e agora perde parte do lugar de privilégio. Deus usa dois homens para fazer uma obra. Nunca deveríamos duvidar do poder de Deus, nem pensar muito de nós mesmos. Ele não estava satisfeito com o melhor que Deus queria dar a ele, então teve que aceitar uma posição secundária aceitando Arão como seu porta-voz. Moisés pensava que Arão ajudaria, mas depois ele foi pedra de tropeço levando as pessoas a adorarem o bezerro de ouro (capítulo 32). Que Deus possa, em Sua rica e infinita graça, nos dar sabedoria e confiança (somente Nele e em seu Filho) para nos capacitar para mostrarmos as pessoas ao nosso redor que Ele é Deus e em Seu Filho Jesus está o caminho para a libertação da escravidão do jugo do pecado. 


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Êxodo 3:7-22



(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 
 
Durante os longos anos de servidão no "forno de ferro" do Egito (Deuteronômio 4:20), Deus não permaneceu indiferente aos sofrimentos do Seu povo. 
Lembrou-se de Suas promessas a Abraão (Gênesis 15:13-14), a Isaque (Gênesis 26:3) e a Jacó (Gênesis 46:4). Chegou o momento em que Ele se dará a conhecer aos Seus por intermédio de Moisés, como o Deus de seus pais e ao mesmo tempo como o Deus que os ama e quer libertá-los. Não é assim também o caso Dele poder ser conhecido por todos aqueles que gemem sob a carga de seus pecados? A condição perdida e miserável de Suas criaturas não deixou Deus insensível, assim como Ele viu as aflições de Israel e ouviu seus clamores e seus gemidos. Mas Ele não se satisfaz apenas em conhecer "suas dores" (versículo 7). Ele acrescenta: "(Eu) desci para livrá-los". 
 
Moisés protesta contra o chamado de Deus para ir a Faraó, ele cita sua incapacidade. Mas o Senhor assegura a sua presença e diz que quando libertar Seu povo irão adora-Lo sobre este monte (Monte Sinai). Sua lista de deficiências inclui: falta de aptidão (3:11), falta de saber o que falar (3:13), falta de autoridade (4:1) falta de eloquência (4:10), falta de adaptação especial (4:13), falta de sucesso anterior (5:23) e falta de aceitação prévia (6:12). É uma lista completa. Mas em vez de agradar a Deus, a sua humildade e resistência “acendeu a ira do Senhor” (4:14). Na verdade, as desculpas de Moisés alegando incapacidade foram precisamente as razões por que Deus o havia escolhido para este trabalho. O ponto principal não era Moisés, mas o que Deus podia fazer através de Moisés. Moisés pensa em sua própria fraqueza. 

Deus lhe diz que ele não pode fazer a obra, mas Ele pode. Nos versículos 7 a 10, Deus fala a Moisés o que ELE fará e depois da primeira negativa de Moisés, Deus afirma: “Eu serei contigo”. E nós, quanto, com nossa pretensa humildade e falta de fé, “atrapalhamos Deus de agir em nós e em nossa vida? O reconhecimento de nossas fraquezas não serve de desculpa para o Espírito de Deus que habita em nós. Deus vê! Deus escuta! Deus Se importa! Deus promete! O crente deve entender isto em sua vida. 
 
Deus desceu até nós em Jesus e através dEle nos libertou. Ele parou por aí? Não, Ele também desejou fazer de nós Seu povo, nos estabelecer em um relacionamento com Ele e nos enriquecer (versículo 22). Deus revela Seu nome a Moisés. Ele é "Eu Sou", aquele que enche a eternidade com Sua presença. Nos versículos 13 a 15, que maravilhosa descrição de Deus. Leia várias vezes. Sua grandeza é irresistível. Ele existe, Ele é, todo o mais parte disso (Isaías 43:11, 13 e 25).


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Êxodo 2:15-25; 3:1-6



(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 

Moisés renunciou a sua posição e sua riqueza para visitar seus irmãos oprimidos. Desconhecido para eles, e rejeitado, ele foge para um país estrangeiro. Lá, depois ele se mostra como aquele que livra e sacia a sede (versículo 17). Deus está ensinando Moisés a ternura de espírito para com aqueles em dificuldades. Ele toma uma esposa e converte-se em pastor. Todas estas características nos fazem pensar em Jesus, o Filho de Deus, que deixou 
Sua glória para visitar e salvar a Seu povo Israel. Os seus não o receberam (João 1:11). Ele está agora longe do mundo, como o Grande Pastor das ovelhas e o Esposo da Igreja que foi comprada por Sua graça e que agora compartilha Sua rejeição. 
 
Nos versículos 23 a 15, a dificuldade do povo os estava levando para mais perto de Deus e fazia sentir necessidade dEle. As pessoas suspiravam e clamavam; e Deus escutava, lembrava, olhava e os tinha em consideração (conhecia a condição deles). Ele sempre escuta quando nós reconhecemos nossa necessidade. Veremos depois que Deus enviará um libertador para atender ao clamor deste povo. Em Lucas 23:34, Nosso Senhor Jesus Cristo, Nosso Salvador, Libertador e “único Intercessor entre Deus e os homens”, entre tantas outras infindáveis glórias, clama a Deus pedindo perdão... para nós. Ele tem à sua frente uma representação de todas as pessoas da terra, autoridades, bandidos, Israel, romanos. Se aqui em Êxodo lemos sobre o clamor de um povo e sua libertação, em Lucas o clamor e intercessão do Senhor Jesus é o que vivemos e vemos há mais de 2000 anos. A oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tiago 5:16). Será possível imaginar o que Deus tinha para nós antes dessa oração? O quanto nos beneficiamos de seus efeitos pela eternidade? 
 
Quarenta anos já se passaram na vida de Moisés. Deus está prestes a revelar-se a ele em uma "grande visão". Para Agar, Deus escolheu um poço (Gênesis 21:17-19), para Jacó, uma escada (Gênesis 28:10-13) e para Moisés, a misteriosa sarça ardente.  
Você pode dizer como e onde encontrou o Senhor? 
 
Deus deseja mostrar a Moisés Sua graça para com o Seu querido povo. No meio da fogueira do Egito, Israel era como este arbusto, provado, mas não destruído pelo fogo. O mesmo acontece agora com os resgatados pelo Senhor. O fogo do julgamento ardente é apenas para destruir o mal não julgado que existe em nós. 
Somente em Cristo, o fogo divino que se abateu sobre Ele não encontrou nada para consumir (Salmo 17:3). Em Êxodo, o povo clama e o fogo divino prova, mas não queima a sarça, nos evangelhos e como vimos em Lucas 23:34, Jesus clama e é provado pelo fogo. É bem possível que ali tenha iniciado o período da graça de Deus. Glória a Deus e ao Senhor Jesus por isso.


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Êxodo 2:1-14




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 

Este capítulo começa com um homem mostrando sua obediência à Palavra de Deus quanto a com quem deveria se casar. Compare Gênesis 24:3-4 com 2 Coríntios 6:14, 17. Esse homem era Anrão (Êxodo 6:20). 

Deus na Sua graça não queria deixar o Seu povo na escravidão. Ele lhes deu um salvador: Moisés, uma figura de Cristo, cuja história nos é contada diversas vezes nas Escrituras (Atos 7:20-41, Hebreus 11:23-29). Na arca que a mãe de Moisés preparou, temos uma imagem do grande cuidado que os pais cristãos tomam para proteger seus filhos das influências perniciosas do mundo exterior. Os pais cristãos devem ter as palavras do versículo 9 como um dever sagrado e uma promessa segura. Em egípcio, "Moisés", o nome dado pela filha do Faraó, significa criança ou filho. Em hebreu, o mesmo nome significa “tirado”, isto é, tirado da água.  

Mas esse cuidado não é suficiente. Também é necessário ter fé: a arca deve ser colocada sobre a água! E Deus responde a esta fé com uma libertação providencial. Vemos aqui muitas “coincidências”. Por exemplo, por que a filha de Faraó desceu para se banhar precisamente na parte do rio que flutuava a cesta? Por que a criança chorou naquele momento para atrair a sua compaixão? Por que aceitaram a mãe de Moisés como uma ama de leite para a filha de Faraó? Nos bastidores Deus dirige tudo. Deus coloca as pessoas nos lugares que Ele as quer. Até mesmo um bebê chora no momento exato!  

Mackintosh comenta: "O diabo foi frustrado com sua própria arma, já que Faraó, que estava sendo usado para frustrar os propósitos de Deus, ele foi usado por Deus para nutrir e criar Moisés, que seria seu instrumento para confundir o poder de Satanás ". 
No fim, o decreto de Faraó servirá somente para preparar em sua própria casa um redentor para Israel. 
 
Moisés, já grande, demonstra uma fé excepcional, assim como seus pais. Hebreus 11:23-26 destaca como ele recusa o “futuro brilhante” a sua frente; ele escolhe... medita... E qual é o segredo? Ele se concentra no galardão. Que grande exemplo para todos nós que mais cedo ou mais tarde temos que escolher: o mundo, com a sua glória e os seus prazeres, ou o "vitupério de Cristo"!  

Sabemos por Atos 7:23 que Moisés tinha quarenta anos quando visitou o seu povo. O assassinato do egípcio foi imprudente; seu zelo excedeu a sua discrição. Deus usaria Moisés para resgatar Seu povo dos egípcios, mas esse tempo ainda não havia chegado. Era necessário primeiro quarenta anos no deserto, a aprendizagem na escola de Deus. Deus havia previsto que o seu povo estaria na terra do Egito como escravos por 400 anos (Gênesis 15:13), de modo que os eventos de Moisés estavam adiantados quarenta anos. Na solidão do deserto, mais preparação foi necessária. E o povo também precisava de mais preparação "No forno de tijolos". O Senhor ordena tudo de acordo com sua infinita sabedoria. Para Ele não há pressa, Deus não deixa o Seu povo em perigo por mais tempo do que o necessário. 
 
Moisés veio para livrar o seu povo, ele tinha um cuidado verdadeiro para com seus irmãos, os Hebreus, mas age de um modo terrível... ele mata o egípcio. Moisés deve aprender que isto jamais trará bons resultados. Seu fracasso também nos ensina algo muito importante. Além de ainda não estar pronto, isso mostra que por maiores que sejam nossas afeições, nossas “boas intenções”, não podemos seguir a Cristo por meio de nossos próprios impulsos naturais (versículo 12, ver João 18:10). 


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Êxodo 1:1-22




(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
 
 
Em Êxodo os filhos de Israel foram tirados do Egito por Deus; no livro de Atos (o livro mais ou menos correspondente a esse do Novo Testamento) os filhos de Deus (crentes) são tirados da religião daqueles dias, o judaísmo. "Êxodo" significa "saída". Deus sempre leva para fora antes de trazer para dentro. Um crente não pode cometer maior erro do que achar que pode entender os pensamentos de Deus com sua mente natural. Devemos colocar para fora de nossa vida, em primeiro lugar, as coisas que sabemos não agradar a Deus. Leia devagar, algumas vezes, e medite em Isaías 1:16,17. Portanto hoje começamos o Livro da "saída". 
 
Este livro começa com uma lista de todas as famílias a serem tiradas. Para o crente hoje, Deus conhece todos os que são salvos. (Atos 15:16-18), nossos nomes estão escritos em Seu livro da vida (Apocalipse 20:15) e fomos escolhidos antes da criação do mundo (Efésios 1:4). Jesus diz que o bom pastor “chama suas ovelhas pelo nome” (João 10:3). 
 
As circunstâncias mudaram completamente na terra do Egito entre Gênesis e Êxodo. 
O que agora caracteriza Faraó e seu povo é que eles não conhecem José (versículo 8, Atos 7:18). Aquele que salvou o Egito e preservou a vida de toda uma nação foi completamente esquecido! O mesmo acontece no mundo atual, do qual Satanás é o príncipe. Jesus, o Salvador não tem lugar nos pensamentos e corações dos homens. E da mesma forma, como resultado de não conhecer a Deus e Seu Filho, as almas são mantidas em dura servidão, sob a qual alguns gemem, mas a grande maioria permanece despreocupada. Esta escravidão em que Satanás mantém os homens é retratada de forma contundente pelo serviço implacável a que os filhos de Israel são submetidos (versículo 13). As tribulações fazem o povo entender que estava em terreno inimigo. Esse é o efeito das nossas tribulações. Este não é o lugar para nos estabelecermos. Mas o assunto do livro de Êxodo é a redenção: a libertação do povo de Deus arrebatado deste poder terrível, e para isso, é necessária uma descrição do seu estado trágico. 
 
O rei ímpio ordena a morte de todos os bebês recém-nascidos dos israelitas (ver Mateus 2:16). Na história houve três governantes malignos que ordenaram a morte de crianças inocentes, Faraó, Atalia (2 Reis 11) e Herodes (Mateus 2). Estas atrocidades inspiradas por Satanás visavam a extinção da linhagem messiânica. Satanás nunca se esqueceu da promessa dada por Deus em Gênesis 3:15.  Mas Deus usa mulheres que O temem e não temem o mandamento do rei para derrotar os projetos do Inimigo. Em um mundo arruinado pelo pecado e seus efeitos, muitas vezes, a obediência a um direito mais elevado só é possível desobedecendo. Neste caso, como em tudo o mais, "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Salmo 111:10). 
 
O homicídio está no coração de Faraó (como Satanás - João 8:44). Assim também a situação de Israel enquanto estava no Egito é uma figura do crente - a sentença de morte estava sobre nós - mas fomos libertados por Deus. Quão precioso para o coração de Deus são todas marcas de fidelidade no meio desta cena onde Satanás reina. Mas devemos sempre lembrar, a pessoa que o Senhor usar nunca é perfeita. Apenas Cristo é perfeito.


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

sábado, 9 de maio de 2020

Gênesis 50:15-26


(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)


Após a morte de seu pai, mais uma tristeza para José. Seus irmãos duvidam de seu amor. Eles pensam que agora que Jacó se foi, ele se vingará. Em outras palavras, pensavam em Jacó como sendo o protetor deles, mais do que José. Haviam desfrutado do amor, proteção e provisão de comida vinda de José por 17 anos e agora têm medo dele! Com que ternura José os tranquiliza, explicando a eles o pensamento de Deus e confirmando sua promessa de cuidar deles e de seus netos. 

Tudo isso é muito parecido conosco. O coração de cada crente logo fica com dúvidas acerca do imutável amor de Deus. Não há nada além de amor para nós. Toda a ira de Deus acerca de cada pecado que cometemos em toda a nossa vida foi descarregada sobre o Senhor Jesus. Simplesmente não sobrou nenhuma ira. Não sobrou nada além de amor! E cada ato dEle para conosco (mesmo as dificuldades) é um ato de amor (Hebreus 12:5-13). Às vezes, nós também não duvidamos do amor do Senhor mesmo depois Dele nos ter dado tantas provas?

Assim como os irmãos de José, muitos cristãos se negam a acreditar que estão totalmente perdoados (1 João 4:18). Seu coração é muito sensível a essa falta de confiança. É como se Ele estivesse nos dizendo: "Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido" (João 14:9).

Chegamos ao fim do livro de Gênesis, ele começou com a criação perfeita de Deus e termina com um caixão no Egito. Enquanto dois capítulos são dedicados à história da criação dos céus e da terra, quarenta e oito capítulos são dedicados principalmente as vidas de homens e mulheres. Deus está interessado nas pessoas. Que conforto e desafio para aqueles que o conhecem!. 
Gênesis é como uma biografia, vimos que quase todos os mistérios de Deus são vistos em resumo aqui. Mas antes de fechar este livro, ouvimos novamente a “certeza” da fé (versículo 24). As últimas palavras de José a seus irmãos, a única de todas as suas ações que está registrada para nós em Hebreus 11:22. Mesmo no meio da abundância e do bem-estar no Egito, ele prevê a partida de seus irmãos e a transferência de seus ossos para Canaã. Que possamos imitar a fé de José! A fé de José o leva muito além do caixão no Egito. Ela alcança um dia melhor. Um dia eterno. "Deus certamente vos visitará!" Assim ele dá ordens a respeito de seus ossos. Que estes também deveriam ser levados de volta à terra (e foram - veja Josué 24:32, Êxodo 13:19). 

Na última referência vemos o valor dado por Deus à fé de José. O Egito só podia dar um caixão. Este mundo é nosso Egito. Mas podemos agradecer a nosso bendito Senhor Jesus Cristo, pois por Ele podemos dizer, "Certamente vos visitará Deus"! 


Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.