quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Levítico 14:14-32


Levítico 14:14-32

(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)

 

 

Agora começa o longo processo de se passar pelas diferentes ofertas que são descritas nos primeiros 7 capítulos deste livro. Quando aceitamos o Senhor Jesus como nosso Salvador, somos purificados para sempre de nossos pecados. Mas agora que estamos limpos, não significa que podemos viver como antes. Agora nossa vida não pertence a nós, pois fomos comprados com o preço do sangue de Cristo. Leia o que diz após a palavra "Porque" em 1 Coríntios 6:19-20.

 

"Será limpo", concluem os versículos 9 e 20. Aqui, novamente, não importa a opinião do leproso purificado. Deus declara puro e santo o pecador nascido de novo para quem esta palavra deve ser suficiente, mesmo que ele não sinta nenhuma emoção, nem sentimento especial. "Haveis sido lavados... santificados... justificados em nome do Senhor Jesus", diz a Palavra em 1 Coríntios 6:11. A salvação depende do poder purificador do sangue de Cristo, mas a comunhão com Deus depende da obra purificadora de Cristo. Sangue e água (Hebreus 10:22).

 

Assim como os pássaros, uma figura da obra de Deus por nós, faltavam outras duas coisas da Sua obra em nós: a água, o poder purificador da Palavra, e a navalha. O leproso raspava seu cabelo, barba e sobrancelhas. Tudo o que recordava a força natural do homem era descartada. Este é o trabalho do Espírito Santo, que nos leva a julgar o que nossa velha natureza produz, é chamado de libertação.

 

O sangue do sacrifício era aplicado na orelha (o que ouvimos), na mão (o que fazemos), no pé (por onde andamos) do leproso purificado, exatamente como tinha sido feito com o sacerdote no dia da sua consagração (Êxodo 29:20) e isso tinha que ser feito com o azeite. Como diz o versículo 14, como um “que tem de purificar-se”, isso indica que a limpeza tem um efeito prático sobre como e o que uma pessoa ouve, sobre o que faz com suas mãos e como anda. Mas, além disso, o leproso era ungido com o restante do azeite na cabeça (o que pensamos) (versículo 18). Surpreendentemente, o leproso era o único em todo o Israel, juntamente com reis e sacerdotes, que recebia esta santa unção, figura da operação do Espírito Santo no coração dos remidos (1 João 2:20), o poder pela qual o “ouvir” toma a verdade, o poder pelo qual as ações são feitas corretamente e pelo qual a caminhada é corrigida.

 

Até aqui, a oferta da culpa destaca primeiro a necessidade de conhecer os detalhes da prática pecaminosa (tipificada na lepra), enquanto a oferta pelo pecado trata do pecado como o princípio odioso do mal que corrompeu nossa própria natureza. O holocausto é o que dá toda a glória a Deus no sacrifício do Senhor Jesus, porque Deus é a fonte de todas as bênçãos na restauração. A oferta de manjares nos lembra que o Único que poderia ser uma oferta satisfatória para o pecado deve ser um verdadeiro homem sem pecado, típica da pureza dos detalhes de toda a vida do Senhor Jesus - totalmente em contraste com a lepra. Todas estas coisas estão, portanto, envolvidas no nosso ser limpo da imundície do pecado. Quando Deus trabalha Ele faz uma obra completa.

 

Já vimos uma exceção feita por causa da pobreza (Levítico 5:7), e isso se aplica no caso da restauração de um leproso. Se não era possível trazer três cordeiros, ele pode trazer apenas um cordeiro como oferta pela culpa, um décimo de efa de flor de farinha misturada com azeite como oferta de manjar, um logue de óleo e dois pássaros para substituir os dois cordeiros.

 

O ritual era o mesmo que no primeiro caso, mas as aves tomaram o lugar dos cordeiros na oferta pelo pecado e no holocausto. Nisto se vê uma figura da pobreza de compreensão quanto à oferta pelo pecado e o holocausto. Existem muitos que são muito pobres espiritualmente para perceber corretamente como o pecado é tratado e condenado no sacrifício de Cristo, e eles têm apenas uma pequena compreensão de que o sacrifício é sobretudo para a glória de Deus (o holocausto). Como é bom ver o cuidado de Deus para com os fracos.

 

De pecadores perdidos, agora lavados em seu sangue, Cristo fez um reino de “sacerdotes para Deus” (Apocalipse 1:6 – Versão Darby, para ser mais preciso, “reino sacerdotal”), a Ele, glória e poder para todo o sempre. Amém!

 

 

Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.




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