terça-feira, 15 de setembro de 2020

Levítico 13:45-59

 

(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)

 

 

Era terrível a condição dos leprosos em Israel. Eles eram colocados fora do acampamento sem a esperança de algum dia voltar, separados de seu próprio povo, obrigados a proclamar de longe a sua condição miserável: "Imundo, imundo". Isto se compara com um caso do Novo Testamento de alguém tão seriamente envolvido com o pecado que ele deve ser colocado fora da assembleia (1 Coríntios 5:11-13). 


Excluídos da congregação, é uma imagem do que éramos, pessoas das nações, "separados da comunidade de Israel... Não tendo esperança... sem Deus no mundo". "Mas agora", anuncia o apóstolo, "vós... que estáveis longe... pelo sangue de Cristo chegastes perto" (Efésios 2:12-13). Isto nos leva a obra de purificação descrita em Levítico 14. Os Evangelhos nos mostram diversos destes pobres leprosos implorando piedade do “Mestre”. E Jesus, nosso Salvador, cheio de compaixão, pôs as mãos sobre eles para purificá-los sem ser contaminado por esse contato. E não somente isto, mas em Seu amor Ele estava disposto a torná-los perfeitamente limpo (Mateus 8:1-3, Ver também Lucas 17:11 em diante). Da mesma forma este querido Salvador pode e quer, ainda hoje, purificar todos os pecados de quem se reconhece impuro.  

 

O pecado pode estar nas circunstâncias que nos cercam. Se aparecesse apenas uma mancha, as vestes deviam ser lavadas. Que coisa maravilhosa é quando um crente se mantém imaculado do mundo (Tiago 1:27). Enquanto nós crentes estamos no trabalho ou na escola somos manchados pelo contato com o mundo. Se apenas escutamos as coisas, mas não nos envolvemos com elas, é como a mancha do versículo 58. Mas repare quantas vezes precisava ser lavada. A lepra na cabeça (versículos 29 a 37) pode ser uma figura do pecado de pensarmos nossos próprios pensamentos (2 Coríntios 10:5-6). 

 

Lepra em uma peça de vestuário (versículos 47 a 59) representa o mal que pode se insinuar em nosso caminho, em nossos hábitos e em nosso testemunho. Pode parecer estranho que a lepra possa aparecer em uma peça de roupa, e evidentemente não há nenhum caso real disso registrado nas escrituras, de modo que o significado espiritual disso parece ser o tema para nós. A roupa fala, não da pessoa, mas dos hábitos. Se algo parecia suspeito na roupa, o sacerdote devia ter o mesmo cuidado no exame como no caso de uma pessoa (versículos 50 e 51) e se a praga fosse confirmada como lepra, a peça deveria ser queimada. Assim, devemos ter discernimento sacerdotal quanto aos hábitos que possamos adotar. Eles podem parecer inicialmente bastante inocentes, mas sintomas alarmantes podem aparecer. Se o hábito tem pecado claramente envolvido nele, devemos julgá-lo e recusá-lo totalmente.


Em alguns casos, pode haver apenas um elemento no hábito que é questionável, de modo que, como uma peça de vestuário que pode ser arrancada (versículo 56), assim o elemento questionável em qualquer hábito deve ser expurgado. Mas depois disso, a praga poderia aparecer novamente na roupa, e se assim fosse, ela deveria ser queimada. Assim, se em um certo hábito o pecado irrompe pela segunda vez, o hábito deve ser plenamente julgado e recusado.


Devemos contar com Deus sempre e para tudo. Quando você vê um homem cheio de uma profunda sensação de pecado se curvando a Deus, podemos ficar seguros que haverá bênção. O pecado impede a percepção da graça de Deus e mantém a incerteza, ele faz o homem se esforçar para aliviar, cobrir e corrigir a si mesmo, em vez de confessar seus pecados a Deus. Esse esforço apenas perpetua esperanças vãs, nega a extensão da ruína do homem e exclui toda a misericórdia de entrega à Deus. 

Todos estes 59 versículos deveriam marcar em nós a importância, do ponto de vista de Deus, de nos mantermos limpos. Que o Senhor nos dê a vigilância, a fim de confessarmos a Ele nossos pecados e a coragem de "queimá-los", em outras palavras, julgá-lo assim que ele aparecer. 



Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.





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