(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)
Os tempos de observância especial em Israel são chamados "festas" na maioria das traduções, contudo, não eram comemorações para Israel, como no dia da expiação (versículos 26 a 32), que era um dia de quebrantamento e humilhação ao invés de celebrar. No entanto, todas podem ser chamadas festas do Senhor quando pensamos no prazer que o Senhor teria em sua observância adequada. Tristemente, elas se degeneraram em meros "banquetes dos judeus", nos quais não havia nenhuma honra real dada a Deus (João 2:3, João 5:1, João 6:4, João 7:2 e João 11:55).
No entanto, desde o início, Deus chama essas "santas convocações" - "Minhas festas" (versículo 2 – versão Brasil). Não devemos, portanto, procurar aprender em todo este capítulo como devemos agradar ao Senhor e não a nós mesmos?
Deus dá aqui instruções cuidadosas sobre as sete ocasiões quando o Seu povo deveria se reunir ao Seu redor, não necessariamente para comer.
Se os sacerdotes deviam estar na casa de Deus, era para eles se comportarem da maneira que Ele determinava.
Havia sete "festas" a cada ano.
(1) o Sabath;
(2) a Páscoa e a festa dos pães ázimos;
(3) as primícias da colheita;
(4) o Pentecoste;
(5) a festa das trombetas;
(6) o dia da expiação;
(7) a festa dos tabernáculos.
Juntas elas nos contam uma maravilhosa história. Em resumo tratam de
(1) Cristo;
(2) a morte de Cristo e nosso cuidado com nossa vida diária;
(3) a ressurreição de Cristo;
(4) a vinda do Espírito Santo ao mundo;
(5) o chamado de Israel logo após o arrebatamento;
(6) quando Israel será restaurado a Deus;
(7) o milênio (7 é uma figura de algo completo).
Deus se apraz em Cristo, e cada festa nos recorda dEle de uma maneira diferente.
Este capítulo constitui o calendário das "santas convocações" de Jeová. Eram sete, além do sábado, o dia de descanso semanal que é tratado em primeiro lugar.
Seis dias da criação, e depois o descanso. Seis dias de trabalho a cada semana e depois o Sábado - o Sabath - o último dia, o dia do descanso. É uma figura de Deus encontrando o Seu descanso em Cristo. Porque a obra da primeira criação foi arruinada pelo pecado, Cristo teve que descer e completar uma nova obra. E essa obra nunca pode ser desfeita. Cristo é o Sabath de Deus.
Foi observado que estas festas, na sua sequência, se desdobram diante de nossos olhos na história de Israel a partir do momento da cruz, os desígnios de Deus relativos a este povo, Seus propósitos relativos à Igreja (embora de forma um tanto velada) e, finalmente, seus desígnios a respeito do Seu Filho. Tudo começou na Páscoa. O ponto de partida das bênçãos para Israel, para a Igreja, como também para a felicidade de todos os homens é a cruz. Depois, a festa dos pães asmos (sem fermento) chama a atenção para Aquele que não conheceu pecado e cuja separação do mal deve ser reproduzida na vida cotidiana da assembleia, na verdade, em cada um dos remidos. Nossa condição moral e espiritual individualmente, reflete na condição moral e espiritual da assembleia coletivamente. O "fermento velho" precisa ser eliminado, pois somos "massa nova, sem fermento", como Paulo lembra os coríntios (1 Coríntios 5:7).
Estas duas (a Páscoa e a festa dos pães ázimos) são o fundamento sobre o qual repousa a primeira. A Páscoa é redenção (Êxodo 12). Fermento é uma figura do pecado. Cristo foi o Pão Ázimo (1 Pedro 2:22). Cada crente recebeu o poder de viver para a glória de Deus em sua vida de convertido (como os 7 dias) - 2 Pedro 1:3.
Em seguida, vem a festa das primícias. As primícias da colheita. Cristo ressuscitado foi o princípio da verdadeira e grande colheita (a igreja, nós crentes). O “molho movido” é mais uma vez Cristo, triunfante na ressurreição, o primogênito dentre os mortos, apresentado a Deus de acordo com os vários aspectos de Suas glórias, "para que seja aceito a vosso favor" (versículo 11). O "dia seguinte" (Domingo, o dia do Senhor), isto é, o dia após o Sabath (Sábado). O Senhor ressuscitou no primeiro dia da semana - Domingo.
Cristo é a oferta queimada (capítulo 1 de Levítico e todo o Evangelho de João). Cristo é a Oferta de Manjares (capítulo 2 de Levítico e todos os evangelhos), Sua vida perfeita.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.
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